Investigadores da Universidade de Oviedo revelaram recentemente a deteção de quatro exemplares de Vespa Soror, nas Astúrias.
Esta vespa pode “gerar problemas de saúde, pois a picada é muito dolorosa e produz efeitos duradouros, provavelmente por ter um veneno potente”. Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (INCF), ainda não foi detetada a presença desta espécie em Portugal, mas caso isso aconteça deve ser reportado para o endereço eletrónico vespa@icnf.pt.
A entrada na região terá sido facilitada porque as rainhas fertilizadas passam parte do ano, sobretudo durante condições meteorológicas adversas, escondidas, usando como abrigo algum material ou recipiente que os humanos podem transportar despercebidos para longe da localidade original desta espécie, as regiões mais quentes da Ásia.
Trata-se de mais uma espécie invasora asiática, maior que a Velutina, as obreiras podem atingir 35 mm e é particularmente agressiva na defesa do ninho e na caça a outros insetos. Preda sobretudo insetos, desde abelhas a louva-deus, mas também lagartixas.
Como identificar uma Vespa Soror?
A Vespa Soror apresenta “uma coloração peculiar”, sendo que “ambos os sexos são tricolores, com áreas pretas, castanho-escuro, castanho-claro e amarelas”.
Associação apela à prevenção contra invasão nacional deste tipo de vespa.
A Associação Apícola de Entre Minho e Lima (APIMIL) apelou no mesmo dia às autoridades nacionais que tomem “ações concretas e bem dirigidas” contra a ameaça de invasão de uma nova vespa, mais perigosa do que a asiática.
O presidente da APIMIL, Alberto Dias, referiu que, apesar de não haver registo da presença da Vespa Soror em Portugal, “a proximidade” do Alto Minho com a Galiza, onde a espécie também ainda não foi detetada, “deve fazer acender as luzes vermelhas e tocar as campainhas”, para não se repetir a “praga” da vespa asiática.
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